quarta-feira, 16 de abril de 2008

Iphone: brinquedo de criança

Se alguém tem alguma dúvida da ótima usabilidade do Iphone, veja esse vídeo. A criança tem apenas 2 anos de idade. A imagem fala por si só:

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Propaganda viral? Fique com um pé atrás.

Semana passada estava em um cliente quando foi comentado sobre um viral que está rolando em POA. Um que está sendo anunciando em outdoors da cidade e que teve uma ação no Brique da Redenção no qual parece que tinha um caminhão chamando a atenção e com uma URL chamando para um site com a chamada "Que caminhão é esse?" (era uma campanha do Magazine Luiza, trazendo de volta o Caminhão do Faustão. Valeu Estevan!). No meio da conversa comecei a questionar se aquilo era realmente um viral. Porque o conceito do viral é uma idéia que se propaga através dos próprios usuários, ganhando vida própria, saindo do controle do anunciante.

Digo isso, pois me parece mais uma ação que se assemelha a um teaser. Afinal está criando uma expectativa, uma curiosidade no consumidor. "Que diabos é esse caminhão?" é a reação esperada no público-alvo. O cliente concordou, mas ainda fez menção de que ela se torna viral à medida que as pessoas começam a comentar sobre a mesma. Mas isso não acontece com propagandas normais também? As pessoas não comentam propagandas como a da Pipoca com Guaraná, do garoto propaganda da Bom Bril, etc? O fato das pessoas comentarem a propaganda não a caracteriza como uma propaganda viral. Isso é um comportamento natural à medida que algo nos chama atenção ou nos desperta a curiosidade.

Me parece que hoje se distorce muito o conceito de propaganda viral. Hoje, tudo que se pretende gerar alguma repercussão no público-alvo se chama de viral. Agora, no momento em que se tem um caminhão na rua, um outdoor, anúncios em rádio anunciando a campanha, ela não pode ser caracterizada como viral. Sem fazer nenhum juízo do valor da campanha. Apenas avaliando a sua denominação.

Ações virais são aquelas que são impulsionadas pelo próprio usuário, muitas vezes sem nem mesmo se dar conta de que ele está divulgando um produto. O vídeo do Ronaldinho acertando a trave quatro vezes na seqüência usando uma chuteira Nike era um exemplo. Milhares de pessoas encaminharam para seus amigos sem nem se dar conta de que estavam divulgando a marca da Nike. E a Nike não fez nenhum esforço para divulgar o vídeo. Os próprios usuários trataram de fazê-lo. (como o mundo é dinâmico... hoje fiquei sabendo de um novo viral da Nike nesses mesmos moldes com o jogador de basquete Kobe Bryant pulando sobre um Aston Martin em movimento. Verdade ou montagem? Vejam o próprio falando sobre o assunto).

Por isso, da próxima vez que você ouvir falar em viral, já fique com um pé atrás, pois pode ser um velho formato de propaganda travestido de viral.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Flashforward

João mora nos EUA há 5 anos. Gremista doente, não deixa de acompanhar as novidades de seu time, nem os seus jogos na TV. Acompanha as notícias através de seu rádio que capta a Rádio Gaúcha através de um protocolo web, que transmite online a sua programação, podendo ser captada por qualquer aparelho de rádio moderno. Através desse aparelho, ele pode ouvir a programação de rádio de qualquer estação, de qualquer país. Basta digitar o endereço da rádio que deseja ouvir no seu visor digital.

Já os jogos do Grêmio, ele vê através de seu aparelho de web TV pela TV Globo. O aparelho é igual às TVs do já passado ano de 2008 com a diferença que transmitem a programação de todas as TVs do mundo, assim como o rádio, através de um protocolo web. No intervalo do jogo, as propagandas anunciam produtos vendidos na sua região, nos EUA. O aparelho de Web TV identifica a localização de João pelo seu IP e reproduz os comerciais programados para aquela região.

Para fazer ligações telefônicas, ele utiliza seu aparelho celular que faz ligações através de um sistema VoIP, aproveitando-se da estrutura de transmissão wireless que disponibiliza conexão gratuita para toda a sua cidade.

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Essa pequena história que contei exemplifica como imagino que será a nossa vida no futuro no que diz respeito à tecnologia. A convergência acontecerá, mas não em um aparelho. Acontecerá na forma de transmissão de dados. Hoje temos dados sendo transmitidos de diferentes formas. Rádios captam transmissões através de freqüência de ondas. TVs através de transmissão analógica ou de cabo. Telefone, através de redes de telefonia específica. Na minha visão, tudo será transmitido de uma única forma, através de uma grande rede wireless que permitirá que todos os aparelhos eletrônicos se comuniquem e recebam dados através de protocolos semelhantes aos que utilizamos na web hoje.

Isso faria com que qualquer conteúdo gerado (vídeo, áudio, texto) possa ser transmitido para todo o mundo a partir de qualquer ponto do planeta. Hoje já é possível ouvir o jogo do Grêmio dos EUA através da Rádio Gaúcha na Internet. No entanto, quando isso for efetivo, várias questões precisarão ser revistas como direitos de transmissão, formas de propaganda, público-alvo, formas de remuneração dos meios de comunicação, etc. Muitas dessas questões serão encaradas com ceticismo e resistência (como a indústria musical vê o fenômeno dos downloads hoje), no entanto muitos verão uma oportunidade onde outros vêem uma ameaça.

No que tange à propaganda, será possível personalizar as mensagens publicitárias de acordo com o perfil social, demográfico e econômico do usuário. Se identificar-se que o dono do aparelho é um homem, não se apresentará um comercial de absorvente. Da mesma forma, se o João estiver vendo o programa dos EUA, não fará sentido apresentar para ele uma propaganda do BIG, aqui de POA. A compra do espaço publicitário poderá se dar de uma forma semelhante ao do Google AdSense, em que o anunciante pagará pelo número de usuários que virem sua mensagem. Ao contrário do que acontece hoje em que ele paga um alto valor com base na audiência do programa (que é bem diferente da audiência da propaganda dos intervalos do programa).

Ou será que eu estou viajando demais? Deixe a sua opinião.

segunda-feira, 31 de março de 2008

E se tivéssemos um Google no nosso cérebro?

Esses dias precisava usar a minha câmera digital e não achava ela em lugar nenhum da casa, embora estivesse bem claro na minha mente que eu tinha visto ela em algum lugar nos últimos dias. Só não lembrava onde. O que me fez divagar: que bom seria se tivéssemos um Google no nosso cérebro. Imaginem só: eu poderia informar ao meu cérebro "câmera digital" e ele procuraria na minha memória todos os lugares onde eu já tinha deixado ela antes, ordenadas por "post" e por relevância. Se bobear era capaz dele achar registros da velha câmera analógica e também daquela "Love" que eu ganhei numa revelação de filme.

Ou então o nome da música daquela melodia que por algum motivo não sai da tua cabeça, mas não lembra de que música é. Bastava informar a melodia e ele vasculhava todos os neurônios possíveis atrás dessa informação.

Que maravilha seria...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Doritos no Super Bowl

No ano passado, a Doritos já surpreendeu à todos, comprando espaço no intervalo do Super Bowl, o segundo mais caro do mundo publicitário, para veicular um comercial produzido por um consumidor, que foi escolhido através de um concurso.

Pois bem, esse ano eles também compraram 1 minuto. No entanto, dessa vez eles fizeram um concurso chamado "Doritos Crash the Super Bowl", onde artistas desconhecidos mandaram canções para serem veiculados no lugar do comercial da Doritos. Como dizia a própria promoção, a Doritos proporcionou a chance de um afortunado se apresentar para o "maior palco do mundo". Quem ganhou foi uma tal de Kina Grannis com uma música até que bem simpática.

Embora não esteja veiculando a marca em si, isso com certeza gerou um recall e uma mídia espontânea muito grande para a marca. Além do mais, essa iniciativa vem apoiada por um posicionamento muito legal, que incentiva as pessoas a fazerem algo por uma causa. Prova disso é a mensagem no final do vídeo e também do link para o site DoSomething.org que tem no site de uma suposta produtora da Doritos, a "Doritos Snack Strong Productions". Aliás, vale visitar esse site, pois é bem bacana.

Abaixo o comercial veiculado:

My Talking Stain

Essa é meio bobagem, mas... quem não gosta disso, não é mesmo??? O comercial de um produto chamado "Tide" da Procter & Gamble, que limpa manchas instantaneamente tem um personagem um tanto inusitado: uma mancha de camisa que passa o comercial inteiro atrapalhando o dono da camisa na qual está localizada. O bacana dessa campanha é que tem um site bem básico apresentando a campanha, mas que tem uma coisa legal que é um link para um canal do YouTube no qual qualquer usuário pode postar um vídeo com a sua versão do comercial. O melhor vai passar no horário nobre americando e ganhar uns prêmios. Tem uns bem criativos feitos pelos usuários. Vale dar uma olhada.

Ah! E não esquece de conferir a irritante, mas hilária mancha atrapalhando a entrevista de emprego de um pobre coitado:

Referências do Lost anunciadas nos quadrinhos da Marvel

Não é de hoje que o Lost deixou de ser um mero seriado de televisão para ser um ícone de uma nova geração de conteúdos, onde o que se passa na TV é apenas o começo de uma diversão que se expande por outros meios, desde sites de ARG como o Find 815, relacionado ao conteúdo da quarta temporada, como sites e pistas deixadas pela Internet.

Bem, dessa vez, as pistas estão espalhadas por edições de quadrinhos clássicos da Marvel, como o Homem-Aranha, X-Men, Hulk e o Quarteto Fantástico. Esse é um artifício que a Marvel já vinha utilizando, vendendo anúncios dentro de seus quadrinhos. Mas no caso do Lost, os anúncios só servem para aumentar o mistério em torno da série. Veja a lista dos quadrinhos com referências ao Lost no site da Marvel e veja no site da Globo alguns exemplos de referências utilizadas.

Palestra do Chris Anderson

No site do TED - Ideas Worth Spreading, vi uma palestra bem interessante do Chris Anderson, autor do livro A Cauda Longa e também editor da revista Wired. O tema da palestra é principalmente o ciclo de vida das tecnologias, onde ele explica os quatro estágio de uma tecnologia e dá alguns exemplos bem legais de tecnologias que tem tudo para estourar em breve e mudar bastante a nossa vida como o seqüenciamento do DNA e os carros híbridos. Outro ponto interessante que ele coloca é que a Wired procura saber e escrever sobre tecnologias que vão estourar daqui seis meses, um ano ou mais. E mais importante que identificar essas novas tecnologias, para eles é importante identificar quando elas estourarão.

Vale ver outras palestras no site, como a do J.J. Abrams, produtor do Lost, Cloverfield e o diretor do novo Star Trek falando sobre a importância do mistério, do que nos desperta a curiosidade, mostrando algumas cenas clássicas de filmes conhecidos.

Abaixo o vídeo da palestra: